Kino - Mostra de Cinema de Expressão Alemã

O festival, organizado pelo Goethe-Institut (Instituto Alemão), celebra o seu 10.º aniversário e convida todos os cinéfilos a participarem na festa. 
De 24 de janeiro a 3 de fevereiro, podes assistir aos melhores filmes de expressão alemã. Destacamos a comédia Almanya - Bem-vindo à Alemanha, filme incluído na maratona «O melhor de 10 anos da Kino» no cinema São Jorge.

Preço dos bilhetes
Cinema São Jorge e Espaço Nimas: 4
Maratona: €1,5 por sessão
Goethe-Institut: Entrada livre, mediante marcação prévia


Consulta o programa completo na nossa biblioteca ou no sítio do Goethe-Institut.

Gehen wir ins Kino?”

Teatro Nacional D. Maria II promove iniciativa "Teatro por alimentos" no próximo fim de semana

O Teatro Nacional D. Maria II promove no próximo fim de semana a iniciativa "Teatro por alimentos", onde os espetadores são convidados a trocar o preço do bilhete por alimentos que serão entregues a uma organização de apoio aos sem-abrigo.
 
Atualmente está em cena a peça "Condomínio da Rua", de Nuno Costa Santos, que aborda a problemática da marginalidade e dos sem-abrigo, como contou à Lusa João Mota, diretor do teatro e que encena a peça.
 
"No sábado e no domingo o espetador poderá contribuir para esta campanha entregando uma embalagem de manteiga, marmelada, compota, atum ou salsichas, os alimentos mais solicitados pela Comunidade Vida e Paz, instituição de solidariedade social que se associou à iniciativa, em troca de um bilhete para assistir ao 'Condomínio da rua", que é um espetáculo sobre a complexidade da exclusão social e da pobreza", disse à Lusa fonte do Teatro Nacional D.Maria II (TNDM).
 
A troca é feita na bilheteira e a entrada "está sujeita à lotação da sala".
 
A peça sobe à cena no sábado às 21:00 e no domingo às 16:00, e estará em cartaz até ao dia 10 de fevereiro.
 
No sábado às 16:00, na sala Garrett deste teatro, com entrada livre, será exibido o documentário "Ruas da amargura" (2008), de Rui Simões. Trata-se de "um documentário sobre a vida de homens e mulheres, de todas as idades, com carências afetivas, financeiras, problemas mentais, alcoolismo, toxicodependência, ou simplesmente pessoas que chegaram a Portugal à procura de uma vida um pouco melhor", segundo a mesma nota.
 
 
 

Os melhores livros de 2012 


O suplemento Ípsilon, do jornal Público, selecionou os vinte melhores livros de 2012. 

Aqui encontras a lista dos dez primeiros livros, 
e respectivas críticas escritas pelos colaboradores do jornal.

 Podes aceder à lista completa aqui.






 1. O Bom Soldado, Švejkde Jaroslav Hašek 

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Este romance, como Jaroslav Hašek o pôde escrever entre 1921 e 1922, é a grande comédia do nacionalismo moderno e do seu belicismo inato: a catástrofe da Primeira Guerra Mundial vivida por Švejk - um "idiota oficial" que parece derivado (via popular) do famoso Cândido, de Voltaire. Mesmo atirado para a prisão, com brutalidade e sem motivo, comenta: "Isto aqui não é assim tão mau. Esta tarimba é de madeira afagada." Ao pé das arbitrariedades atravessadas pelo subalterno Švejk, a ideia do estado de excepção, que Agamben anda a vender há anos, mal chega para assustar crianças. O riso constante nunca tapa a tragédia vigente e declara a cada passo que ela é de facto ridícula e, afinal, estúpida e rasteira. O seu único símbolo é este "herói aleijado", contemporâneo dos K. e dos Samsa mas em cuja língua (checa e alemã) se pode escrever "Para a guerra nós não vamos, para ela nós cagamos." Agora, que recai "sobre a Europa a verdade de que o amanhã desfaz os planos do presente", este Švejk, cujo tradutor pôs no topo da colecção humorística de Ricardo Araújo Pereira, é vital para a nossa paz de europeus sem ilusões. G.R.


2. Já Então a Raposa Era o Caçador, Herta Müller 
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Nesta alegoria trágica são silenciosas as ruas do poder. Há sombras amargas na noite daquela cidade insana. Como uma presença maligna e demente, o medo atravessa os dias, entranha-se, faz-se de morto. Uma realidade que a escrita de Müller acorda e estilhaça. As palavras adensam-se, já só há linguagem simbólica, magma onírico. Entre o silêncio e a escrita. J.R.D.






3. A Piada Infinita, David Foster Wallace 
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Foster Wallace desejou construir, à semelhança de Shakespeare - a quem roubou o título, a partir de uma fala de Hamlet sobre Yorick, o bobo que dizia verdades inomináveis - uma cosmogonia delirante e tão complexa como o mundo. Terá morrido ao tentá-lo, mas o resultado reflecte bem a sua ousadia. H.V.




4. Arco-Íris da Gravidade, Thomas Pynchon
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Em tempo de caudalosos rios de informação e de calhamaços leves, 39 anos depois de publicado originalmente, este livro chega a Portugal ainda com fôlego para nadar contracorrente nesses rápidos binários que nos encandeiam e desafiar os nossos limites como leitores. Ninguém sai da experiência incólume, que para isso está a grande literatura. A.R.




5. Contos Completos, Lydia Davis
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A ausência de enredo que caracteriza os contos breves de Lydia Davis mais não é do que uma maneira hábil de esconder a desolação metafísica em que as personagens se debatem. Com uma escrita lúcida, concisa e original, e num tom que é uma máscara para o reconhecimento da impossibilidade da felicidade, Davis consegue contornar as expectativas imediatas dos leitores. J.R.D.



6. Mel, Ian McEwan 
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Uma extraordinária capacidade narrativa, a criação de uma personagem feminina credível, a reconstituição de uma época (anos 1970) feita de medo, desconfiança, logro e traição. Um romance histórico, um thriller, uma reflexão sobre o Zeitgeist em que o autor questiona continuamente as ingerências da realidade na ficção e vice-versa. H.V.




7. Todas as Palavras, Manuel António Pina
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O caminho foi sempre o da procura da palavra. A certa. Desde 1974, quando começou a publicar poesia com um título cujas palavras, no momento desta escrita, são só sentido, como ele queria: Ainda Não É o Princípio Nem o Fim do Mundo Calma É Apenas um Pouco Tarde. Manuel António Pina morreu em Outubro deste ano e deixou Todas as Palavras, a antologia poética. Uma casa. I.L.



8. Um Sopro de Vida (Pulsações), Clarice Lispector
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Clarice Lispector escreve como ninguém. É uma clave verbal diferente - desde o primeiro livro até este, o último, editado já depois da sua morte em 1977, e escrito e/ou ditado à sua grande amiga, Olga Borelli (em parte no hospital, até ao dia antes de morrer). Este livro, e Clarice sabia que estava a morrer, densifica e depura, intensificando pungente e dramaticamente os traços da escritora. De uma beleza lancinante. M.C.C.




9.jpg9. Os Transparentes, Ondjaki
Um prédio de águas rejuvenescedoras na Luanda perdida pelo dinheiro, acossada pela ambliopia, condenada ao fogo pela ganância, onde transparência e leveza servem o paradoxo de emprestar visibilidade a quem até aí nem se via. A maturidade com que Ondjaki trabalha o português angolano é digna dos melhores ourives da língua. A.R.


10. (ex-aequo) Os Enamoramentos , Javier Marías
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Ao 13.º romance, o catalão Javier Marías volta com a voz de uma mulher, María Dolz, para falar de amor. Funcionária de uma editora, este primeiro "eu" feminino de Marías entretém-se a observar a felicidade de um casal enquanto toma o pequeno-almoço no sítio de sempre. Com este livro, Marías quebrou a promessa de abandonar a literatura. Não precisa de se redimir. I.L.




10. (ex-aequo) Poesia Reunida, Maria do Rosário Pedreira, Quetzal
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Maria do Rosário Pedreira era, até Poesia Reunida sair este ano na Quetzal, daqueles poetas que têm uma legião de fãs mas toda a obra esgotada. Só por isso, este livro já era imprescindível. Mas além de A Casa e o Cheiro dos Livros (1996), O Canto do Vento nos Ciprestes (2001) e Nenhum Nome Depois (2004), Poesia Reunida traz um livro inédito, A Ideia do Fim. Mesmo perante o fim, há ressurreição nesta nova fase - mas sem se perder o medo. I.C.

Escolhas de António Rodrigues, Diogo Ramada Curto, Gustavo Rubim, Helena Vasconcelos, Isabel Coutinho, Isabel Lucas, José Riço Direitinho, Luís Miguel Queirós, Maria Conceição Caleiro e Rui Lagartinho (da lista completa)
 (Textos retirados de http://www.publico.pt/cultura/noticia/os-melhores-livros-de-2012-para-o-ipsilon-1578633)




Vem descobrir alguns destes livros na nossa Biblioteca.
Boas leituras!