LIVRO DO MÊS
Amor de Perdição
de Camilo Castelo Branco
Amor de Perdição é o título de uma novela portuguesa de Camilo Castelo Branco, escrita em 1862. É o mais famoso romance do autor, um dos expoentes do romantismo em Portugal.
A redação dessa obra, sua maior novela passional,
foi inspirada em suas desventuras - sempre envolvido em casos amorosos
complicados - e na peça Romeu e Julieta, de Shakespeare. Com a publicação da obra em 1862, Castelo Branco alcança grande
popularidade.
Simão Botelho e Teresa de Albuquerque
pertencem a famílias distintas, que se odeiam. Moradores de casas vizinhas, em Viseu, acabam por apaixonar-se e manter um namoro silencioso através
das janelas próximas. Ambas as famílias, desconfiadas, fazem de tudo para
combater a união amorosa. Tadeu de Albuquerque (o pai de Teresa), após
recorrentes tentativas de casar sua filha com um primo, acaba por interná-la
num convento.
Após tantas lutas com os criados do
primo de Teresa, Simão Botelho permanece na casa de um ferreiro devedor de favores
ao seu pai. A filha do ferreiro, Mariana, acaba também por se apaixonar por
Simão, constituindo um triângulo amoroso. Teresa e Simão mantêm contacto por
cartas. Este, numa tentativa de resgatar Teresa do convento, acaba por balear o
primo de Teresa, Baltasar, e é condenado à forca. Mais tarde, as influências de
seu pai, antigo corregedor, irão mudar a pena para dez anos de degredo na
Índia.
Fonte: http://pt.wikipedia.org
O que acontecerá a seguir? Lê a obra para descobrires.
As Primeiras Linhas
Folheando os livros de antigos assentamentos, no cartório das cadeias da Relação do Porto, li, no das entradas dos presos desde 1803 a 1805, a fl. 232, o seguinte:
Simão António Botelho, que assim disse
chamar-se, ser solteiro, e estudante na Universidade de Coimbra, natural da
cidade de Lisboa, e assistente na ocasião de sua prisão na cidade de Viseu,
idade de dezoito anos, filho de Domingos José Correia Botelho e de D. Rita
Preciosa Caldeirão Castelo Branco, estatura ordinária, cara redonda, olhos
castanhos, cabelo e barba preta, vestido com jaqueta de baetão azul, colete de
fustão pintado e calça de pano pedrês. E fiz este assento, que assinei.
Filipe Moreira Dias.
À
margem esquerda deste assento está escrito:
Foi para a Índia
em 17 de Março de 1807.
Não
seria fiar demasiadamente na sensibilidade do leitor, se cuido que o degredo de
um moço de dezoito anos lhe há de fazer dó.
Para saberes mais sobre a
vida e obra de Camilo Castelo Branco, sugerimos o vídeo da série Grandes Livros, exibida na RTP2.
Podes também consultar o sítio da Casa de Camilo, disponível em http://www.camilocastelobranco.org/.
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